Os riscos da colite ulcerativa não tratada
COLITE ULCERATIVA
A colite ulcerativa é um tipo de doença inflamatória intestinal que atinge a camada interna que reveste o cólon e o reto. A inflamação causa dor abdominal, diarreia, muco e até sangue nas fezes, além de aumentar os riscos para câncer de cólon, a longo prazo. Quando não controlada, essa doença crônica afeta a qualidade de vida, hábitos e saúde emocional dos portadores. Veja práticas para controlar e conviver com a colite ulcerativa.
COMO E POR QUE A COLITE ULCERATIVA SE DESENVOLVE?
A causa da colite ulcerativa ainda não foi descoberta, mas percebe-se uma incidência maior de casos em países desenvolvidos e isso pode ter relação com hábitos alimentares, como consumo de fast food e alimentos ultraprocessados, além do sedentarismo. Os fatores de risco para a manifestação da doença são:
Idade – a média de idade da primeira manifestação da colite ulcerativa varia entre 15 e 25 anos, mas a doença pode desencadear crises ao longo da vida.
Etnia – a doença pode afetar qualquer pessoa, mas a incidência é maior em grupos caucasianos.
Genética – as chances de desenvolver colite ulcerativa varia de 5,2% a 22,5% em parentes de primeiro grau de uma pessoa afetada.
A doença ocorre como resposta do sistema imunológico a algum fator externo desconhecido. Com isso, o corpo começa a atacar a própria mucosa do intestino grosso e reto, causando a inflamação. Como consequência das úlceras causadas pela inflamação, a parede do intestino perde a capacidade de absorver água dos resíduos, o que gera a diarreia.
A maior parte das pessoas desenvolve os seguintes sinais e sintomas:
- Dor abdominal;
- Diarreia com muco e, ocasionalmente, sangue devido às ulcerações na parede do intestino e reto;
- Perda de apetite;
- Perda de peso;
- Fraqueza.
Alguns sintomas podem se manifestar além do intestino e reto, como:
- Vermelhidão e coceira nos olhos;
- Aftas na boca;
- Pedra nos rins;
- Osteoporose;
- Dor e inflamação nas articulações;
- Feridas na pele.
O QUE FAZER PARA CONVIVER COM A COLITE ULCERATIVA
Mesmo em casos de sintomas mais leves, conviver com a colite ulcerativa causa impacto social e emocional nas pessoas afetadas, que podem se sentir constrangidas e inseguras em continuar com as suas rotinas. Algumas práticas ajudam no processo de adaptação:
Falar sobre o assunto com familiares e amigos – não esconder a doença de pessoas do convívio e pedir apoio ajuda a superar alguns possíveis receios sobre os sintomas.
Levar troca de roupa e lenços umedecidos – ao viajar ou passar muito tempo fora de casa, principalmente em períodos de crise. Estar prevenido diminui eventuais preocupações.
Saber onde está o banheiro – em estabelecimentos comerciais, restaurantes, transportes públicos.
Estar preparado ao viajar – isso inclui levar doses extras dos medicamentos prescritos, tirar dúvidas com o médico antes de programar a viagem e pesquisar outros médicos na região de destino.
Não deixar de realizar tarefas habituais – e traçar planos, viagens, passeios com outras pessoas. A colite ulcerativa não deve ser um motivo para ter vergonha. Ao menos que a pessoa esteja com algum impedimento clínico, as tarefas e planos devem ser seguidas normalmente.
Procurar apoio psicológico – falar sobre os receios e angústias relacionadas ao quadro com um profissional é essencial para o tratamento e adaptação da doença. Levar uma pessoa de confiança ou um familiar pode ajudar a tomar essa decisão.
Participar de redes de apoio com outros pacientes – associações de pessoas com colite ulcerativa e grupos de redes sociais podem ser uma fonte de troca de experiências e informações. Conversar com pessoas que já convivem com a doença há mais tempo ajuda a manter uma atitude positiva durante a adaptação.
É importante ressaltar que a colite ulcerativa não tem cura, por ser uma doença crônica, mas tem períodos de remissão. Isso significa que a pessoa afetada pode passar um longo tempo sem desenvolver crises, mas deve manter o acompanhamento médico e seguir suas recomendações.
Por que a colite ulcerativa precisa de tratamento
A colite ulcerosa necessita de tratamento contínuo e as opções disponíveis variam dependendo de uma série de fatores, incluindo se a doença é considerada leve, moderada ou grave.
Em muitos casos, a doença responde ao tratamento, mas pode demandar algumas tentativas e erros, bem como tempo, para encontrar o regime correto. Pessoas com colite ulcerosa usarão uma variedade de métodos para manter a doença sob controle, incluindo medicamentos, dieta, suplementos e mudanças no estilo de vida.
No entanto, agora se sabe que, embora manter os sintomas sob controle seja importante para a qualidade de vida, pode haver inflamação no cólon, mesmo que alguém com colite ulcerosa se sinta “bem”. A inflamação, mesmo que cause poucos ou nenhum sintoma, tem efeitos no corpo de ampla abrangência.
Por esse motivo, os gastroenterologistas que tratam a DII estão se concentrando cada vez mais em trabalhar para acalmar essa inflamação. Sem tratamento, a inflamação da colite ulcerosa pode levar a complicações.
Em alguns casos, especialmente quando se sentem melhor, as pessoas que vivem com colite ulcerosa podem considerar a interrupção do tratamento. Esta é uma decisão que só deve ser tomada em conjunto com um gastroenterologista. Parar o tratamento sem discuti-lo antecipadamente com seu médico pode ter consequências indesejadas que vão além do retorno da doença, principalmente se ocorrer uma inflamação não tratada
Referências:
- https://abcd.org.br/wp-content/uploads/2017/06/Folheto-Viver-com-Retocolite-Ulcerativa.pdf – acessado em 13/01/2022
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002011000400006 – acessado em 13/01/2022
- https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/colite-ulcerosa – acessado em 13/01/2022
Importante: Este é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre de temas relacionados com saúde, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional especializado.
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